Luigi Nero é uma pequena homenagem às mais chatas contactantes do Inov Contacto 10: as duas Martas (que vão para bem longe, Moçambique e Austrália) e a Ana (que vai para a Roménia). Foram elas que começaram a chamar-me Luigi Nero.

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Sábado, 24 de Fevereiro de 2007

Desenrolar a língua!

Este post diz respeito ao dia 16 de Fevereiro.

Sexta-feira. Dia em que normalmente estou de rasto.

Telefonei ao Rodrigo e fomos dar uma volta. Não temos saído muito da zona de Piazza Navona e Campo di Fiori. O tempo também não ajuda muito (deu para ser um Fevereiro chuvoso).

Entrámos num bar que já tinha visto e que está muito bem decorado: Fluid. Música e ambiente muito interessantes. Ao entrarmos reparámos numa parte do bar que tinha mesas livres e que, acaso dos acasos, tinha duas raparigas bonitas e de mini-saia. Fomos pedir uma bebida e preparámo-nos para nos sentar nessa parte. Engano nosso, mal entrámos disseram-nos que as mesas estava reservadas. Metemos o rabinho entre as pernas e voltámos para trás. :)

Mais tarde, junto a um disco conhecemos alguns portugas. Como já disse a alguém (e não sei se a expressão é minha), cada encontro com portugueses serve para desenrolar a língua.
publicado por luiginero às 16:14
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Quarta-feira, 21 de Fevereiro de 2007

À 2ª foi de vez!

Este post diz respeito ao dia 14 de Fevereiro (4ª feira).

Primeira festa Eramus, finalmente. Foi na mesma discoteca da minha 1ª tentativa, mas agora organizada por outra associação. Foi engraçada. Bastante gente. Ainda deu para conhecer algumas pessoas.

Cheguei a casa bastante tarde. Deu para dormir duas horas e meia. No dia seguinte, 4 cafés aguentaram o dia.

De regresso a casa, foi o dia que me deitei mais cedo.
publicado por luiginero às 23:18
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Boa adaptação? Acho que sim.

Este post diz respeito ao dia 11 de Fevereiro (Domingo).

Esta semana passou-se bem. Entre o estágio, jantares com os dois portugueses, aulas de italiano.

O fim-de-semana também foi bom. Ontem, sábado, não esteve muito bom tempo. À noite fui ao concerto na Igreja de Santo António dos Portugueses. Lindíssimo outra vez. A música ganha uma dimensão celestial com a acústica da igreja. Desta vez, foi coro e instrumentos.

Depois, fomos dar uma volta entre a Piazza Navona e Campo di Fiori. Chegámos a ir a Trastevere só de passagem para ver o ambiente. Roma promete com a chegada do bom tempo. Imensas esplanadas nas ruas. Nesta altura, aquecem a noite com uns aquecedores exteriores.

Parámos num pequeno bar para comer umas bruschette e beber uma garrafinha de vinho da Sicília. O Rui é especialista em vinhos. Eu, um mero aprendiz (ainda não eduquei as pupilas gustativas).

Hoje fui novamente ao IKEA fazer mais uma compras. Um tapete, uma taça, um copo, algumas velas, etc. À tarde, fui à missa em português. Depois, voltamos a jantar com o Monsenhor. É fácil conversar com ele. Descobrimos que temos um conhecido em comum: o pároco da Sé de Castelo Branco, padre Martinho. O mundo é pequeno.
publicado por luiginero às 23:13
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Já tenho as condições mínimas!

Este post diz respeito ao dia 5 de Fevereiro.

2ª feira. Mais um dia. De manhã, vou para o escritório. Passo a manhã a ver se descubro como vou para o IKEA e se descubro algum Media Market (quero comprar uma máquina digital).

Noto que os meus colegas de trabalho estão um pouco ansiosos que eu me dedique finalmente ao estágio. E não é de espantar. Estão atulhados de trabalho atrasado e documentação para arquivo. Lá começo. Arquivo nesta 1ª fase. Do bom :).

Peço para sair mais cedo para ir ao IKEA. Por volta das 16.30. Lá vou para o metro, linha A até ao fim, estação Ananigna. Chego. Espero um pouco pelo autocarro 046. Já no autocarro, passo o tempo todo a ver se consigo ver o logotipo do IKEA. Pelo número de paragens que me disseram não fica longe. Passamos por uma zona comercial e não vejo o IKEA. Deve ficar mais à frente, penso. Resolvo perguntar. Primeiro a um senhor. Não sabe onde fica. Depois a um jovem adolescente que nem percebe o que digo (devo ter dito IKEA, em vez de IKEA). Lá uma senhora simpática diz “já passámos”. Boa. Saio. E vou a pé.

Entrando no IKEA, alguma confusão. Passo pela zona de exposição bastante rápido, parando para ver um ou outro pormenor. Compro roupa de cama, papel para forrar as gavetas, umas tesouras, uns panos de cozinha, sei lá. Está na hora de regressar. Vou para a paragem de outro autocarro 551 e espero e desespero. Nunca mais aparece. Se não fosse um pacote de bolachas, não sei como me safava. Finalmente, aparece. Já noite, regresso à Termini. Já posso dar um arranjo ao quarto.
publicado por luiginero às 23:04
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Quinta-feira, 15 de Fevereiro de 2007

Finalmente, uma noite bem dormida!

Continuo atrasado, mas vai com o tempo.
Este post diz respeito ao dia 4 de Fevereiro.

Primeira noite no quarto. Fiquei deitado até às tantas. Depois de almoço, fui ter com o Rui e fomos à missa das 17 horas na Igreja de Santo António dos Portugueses.

Soube bem. Já não ia à missa há bastante tempo. Não foi pela cerimónia em si, foi pelo contexto. Em Roma, assistir a uma missa em português, com um pequeno coro que me fez lembrar as pequenas aldeias, não éramos mais que 25 pessoas. Foi interessante. No final da missa, o Rui apresentou-me ao Monsenhor Agostinho. Um senhor muito simpático. Pediu-me logo o meu contacto e a data de nascimento. Ele é mais ou menos o “embaixador” para os que aqui “caem”. Fiquei também a conhecer um estudante de Eramus que tinha acabado de chegar, Rodrigo de seu nome. O Monsenhor apelida os estudantes de Eramus de eramistas, expressão engraçada.

Somos os últimos a sair do edifício. O Monsenhor quer mostrar um apartamento ao Rodrigo e convida-nos para irmos. Fica em Furio Camilo. Fomos no carro dele e pergunta-nos como queremos que conduza: à portuguesa, à alemã ou à italiana. Pedimos a mais segura. Explica-nos que a maneira mais segura de conduzir é a italiana. Porque apesar de alguns atropelos às regras, de não pararem nas passadeiras, sei lá mais o quê, são super atentos. Ok. Aceitamos. Chegámos vivos :)).

O Instituto Português de Santo António é proprietário de um edifício na dita zona. O objectivo do Monsenhor é ter apartamentos para receber os eramistas. Parece-me bem. Alguns apartamentos foram restaurados e têm muito bom aspecto. Regressamos à Via dei Portoghesi.

O Monsenhor ofereceu-se para nos fazer uma pequena visita guiada. Foi engraçado. Acabou por nos levar a um restaurante tipicamente romano - Montecarlo - onde comemos umas entradas variadas, umas belas pizzas acompanhadas de um vino rosso. Boa conversa, boa comida, o que se pode pedir mais?

De regresso a casa, durmo novamente acompanhado da canadiana. Amanhã, tenho que ir ao IKEA. Sem falta.
publicado por luiginero às 22:42
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Terça-feira, 13 de Fevereiro de 2007

Finalmente, um quarto só para mim!

Este post diz respeito ao dia 3 de Fevereiro.

As minhas colegas de quarto levantam-se cedo. Talvez por volta das 6. Não há problema. Continuo a dormir. Por volta das 10, entra a mulher da limpeza pelo quarto mas quando me vê, sai logo. Passado meia-hora regressa. Inicia a limpeza da casa-de-banho. Sem problemas. Acaba e vem-me dizer qualquer coisa em italiano. Eu digo que vou tomar banho em inglês, nem sei se entende. Tomado banho e já vestido, regresso para arrumar as minhas coisas, pois tenho que trocar de quarto. A mulher da limpeza, ainda no quarto, fala ao telemóvel. Deve ser russa ou qualquer coisa assim. Acabada a sua conversa, vai à casa de banho e começa a refilar comigo. Chama-me e fala qualquer coisa sobre o chuveiro. Diz que tem que ser limpo. Eu já tinha feito isso, disse-lhe que não faço milagres. Se não tenho um pano, como faço? (digo em português). Meio irritado, lá faço um esforço. A porcaria do chuveiro é fixo na parede e sou obrigado a fazer pontaria, rodando-o. Lá consigo melhorar o trabalho. Até aqui, uma mulher de limpeza manda em mim. Pego nas minhas coisas e a dita senhora diz qualquer. Digo-lhe em inglês e em gestos que tenho que trocar de quarto. Refila mais uma vez, pois não trocou a fronha da almofada e a cobertura do edredão. Que se lixe. Trabalha. E fina, não?

Às 13, tenho visita ao quarto perto da Termini. À hora lá estava com a dona de casa. Não fala inglês. Mas lá percebo a maioria das coisas que diz. Um italiano simpático que vive na casa (e que fala inglês!!!) traduz algumas coisas. Sou obrigado a tomar uma decisão rápida. Ok, fico com o quarto. Como é com o pagamento? Explico que não tenho o dinheiro de 2 meses que é exigido. Ela compreende. Pergunta quanto posso dar. Digo-lhe 200 euros. Certo, para o próximo fim-de-semana dou o resto. Simpática, diz que é para os rapazes como uma “mama”.

Saio com ela para ir levantar o dinheiro. No carro dela (um smart fortwo), preencho a papelada de legalização. Vamos depois à Termini. Pára o carro e vou ao bancomat. Tento levantar dinheiro, não consigo. Vou a outra máquina, não consigo novamente. Boa. As coisas estão a correr bem. Volto ao carro e tento explicar que não consegui levantar o dinheiro e que tenho que ir à pousada (num meio italiano, inglês, linguagem gestual, lá nos entendemos). Vou a correr, pego noutro cartão, vou ao bancomat e sorte, sai dinheiro vivo. Finalmente. Negócio fechado, fico com a chave e posso mudar hoje.

Na pousada, digo que quero cancelar as 4 noites já marcadas. O italiano (Luca) diz-me que talvez não me possa devolver todo o dinheiro. Ok, não há problema. Diz-me para voltar um pouco mais tarde. Quando regresso, só esta o Sam (um inglês de Manchester). Digo que vou sair e entrega-me todo o dinheiro. Verifica que a minha reserva foi cancelada e que as noites já foram “vendidas”. Pressinto que vai dar problema com o Luca (que é chato para caraças, gozão e que tem a mania que tem piada). Mas fico calado.

Saio para ir ao Ikea (por volta das 18). Apanho o metro linha A e saio em Anagnina. Pergunto pelo Ikea e dizem-me para apanhar o 046. Certo. Fico na paragem. Espero. Nunca mais aparece. Começa a ficar tarde e tinha combinado estar na casa do Rui às 20 para jantar. Começo a caminhar para estação do metro e olho para trás. Vejo um 046. Marcha-atrás. Entro e o motorista sai. :))) Boa. Fico à espera. Niente. Não aparece outro e está a ficar já muito tarde. Vou para o metro. Em Termini, vou a uma loja de coisas para casa (upim). Compro uma almofada, uma fronha e apenas um lençol (para testar as dimensões). De regresso à nova casa, faço a cama. O lençol é o debaixo e tem um elástico de encaixe. Volto à loja. Não encontro o tamanho para o de cima e os edredons que encontro são feios. Não compro. Vou jantar.

Como massa feita pelo Rui e aprendo uma nova palavra “estrugido” que em português corrente é refogado.

À noite, vou a um concerto na Igreja de Santo António dos Portugueses. Quase que adormeço. Sabe bem relaxar com estas belas melodias.

De regresso à pousada para me despedir do Brasuca, encontro o Luca. Este pergunta ao Sam quanto me deu. Ele diz que tudo e o Luca virasse para mim e diz-me “então? Não foi o combinado!”. Digo-lhe que pensei que ele tivesse falado com o Sam e que se tiver que devolver parte do dinheiro, não há problema. Que faço a coisa correcta. Resultado? Como a minha reserva foi vendida, não foi preciso. Ufa! Finalmente, foi simpático. O dinheiro faz-me falta.

Vou para a nova casa. Visto o pijama, o fato treino e ponho por cima de mim, a canadiana (um casacão, claro). Durmo.
publicado por luiginero às 23:27
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A primeira saída nocturna um pequeno desastre!

Este post diz respeito ao dia 2 de Fevereiro.

Foi a noite melhor dormida até agora. Quase 8 horas de sono. Vim para a empresa e estive a dar uma vista de olhos ao portaportese de hoje. Seleccionei alguns (olhando para o mapa do viamichelin) e com a ajuda do Giampeiro e da I’Ching fizemos alguns telefonemas.
Marquei uma visita para as 18.30 e outra para amanhã.

Às 18.30 lá estava, tendo tido tempo para fazer uma visita ao quarteirão. Não gostei muito. O prédio fica numa rua com bastante trânsito e a zona fica junto do porto ou zona industrial. Do quarto não gostei muito. Ficou a promessa de uma resposta em breve.

A minha primeira saída romana foi um pequeno desastre. Apesar de estar cansado, combinei com o Rui irmos a uma festa Eramus numa discoteca perto da Termini. Fui ter a casa dele e seguimos. Seguimos, mas o Rui deixou as chaves em casa e o companheiro de casa já tinha saído. Fantástico. A noite prometia. Chegados à discoteca, observei que estavam a chegar alguns góticos. Perguntei: é normal? O Rui disse que duas pistas estariam abertas. Ok. Esperamos. Uns espanholecos à nossa frente dizem todos satisfeitos “a concorrência está fraca”, olhando para nós. Boa. Entram. Chega a nossa vez. O Rui mostra o cartão da associação de Eramus e dizem-lhe que não, que não há festa Eramus nessa noite. Fantástico 2ª vez. Vemos mais góticos. Desejo boa sorte aos espanholecos. Fomos a pousada ver a net. Ele verifica o mail e a festa seria naquela discoteca. Não houve engano, apenas má organização, concluímos. Já quase esgotado, resolvo ir com ele buscar a chave de casa do Lau (o companheiro de casa) que estava na zona de Pirâmide. Apanhámos o autocarro junto a Termini. Chegados a Pirâmide, o autocarro avaria. As portas não fecham. O motorista, após varias tentativas pede para sairmos. Fantástico 3ª vez. Não é longe diz o Rui. Caminhamos 20 minutos e ainda vemos o autocarro passar por nós. Já me arrasto. Já com as chaves, regressamos de autocarro. Ironia do destino, apanhamos o dito autocarro. Por várias vezes, as portas não fecham. O motorista aprendeu o truque mais célebre do mundo: desliga e volta a ligar (funciona sempre). Continuamos.

Chego à pousada e toca a dormir.
publicado por luiginero às 23:14
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Sábado, 10 de Fevereiro de 2007

Desespero por uma noite bem dormida!

Este post diz respeito ao dia 1 de Fevereiro.

Mais um dia. Levanto-me tarde, cheio de sono. Desespero por uma noite bem dormida. Vou para a empresa e continuo à espera de resposta sobre o quarto. Nada.

Na hora de almoço, fui dar uma volta ao quarteirão. Enquanto espero para atravessar a rua, acompanho o movimento de um peugeut descapotável (sonhando em ter um). Dou conta que o peugeut pára talvez 8 metros à frente e que o condutor faz o célebre movimento de mão (estilo tulipa) e inicia marcha-atrás. Recua 4 metros. Chegam carros. Como não se pode aproximar-se mais, o italiano começa a perguntar-me se eu o conheço. Espantado digo que não. Estranho, muito estranho.

Fui à escola de italiano inscrever-me no curso de 20 horas. Só começa para a semana. Serão duas vezes por semana, duas horas e meia por aula.

Na pousada, troco de quarto porque quando fiz reserva para mais noites, o quarto onde estive, estava já totalmente ocupado.

Decidido e um pouco desesperado, vou a Furio Camillo saber sobre o quarto. A italiana diz-me que já tem outras visitas marcadas e que me diz alguma coisa dentro de um a dois dias. Não sou eu que escolho, sou escolhido.

Fui com o português ao concerto de música. Lindíssimo. Um violino, um violoncelo e um piano “barroco” enchem a pequena igreja de belas melodias.

De regresso a pousada, conheço as novas companhias de camarata: mãe e filha australianas. Falei com a filha de 18 anos. Anda em viagem pela Europa há quase 2 meses. Simpática.

Vou dormir.
publicado por luiginero às 12:08
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Futebol e sexo!

Este post diz respeito ao dia 31 de Janeiro.

Há vários dias que não durmo bem. A véspera da viagem foi um pesadelo. Só aí pude avaliar mesmo o estado de ansiedade (andei sempre calmo, mas nessa noite foi o descalabro total). Voltas e mais voltas, numa noite sem fim. Já na pousada, nas 1as noites ia dormir por volta da meia-noite. Entre ressonares e a minha cabeça que não parava, nem sei quantas horas dormia. Parecia-me que estava sempre desperto.

Com o convívio, vou agora dormir para o quarto sempre depois da uma e, mesmo assim, custa-me imenso adormecer. Ando cansado, preguiçoso e nem a miséria do café italiano me safa.

Ontem fui a uma escola de italiano e hoje de manhã fui a outra. Na 1ª, o curso não intensivo começou em Outubro. Fui recebido pelo director que fala um português abrasileirado e que me deu alguns conselhos: 1° um intensivo de duas semanas e depois talvez um não intensivo. Super simpático. Na escola de hoje, indicaram-me também intensivos e um curso pós-laboral de 20 horas. Na empresa, fui aconselhado a fazer este pequeno curso. Disseram-me que chega e que depois melhoro com a conversação com eles. Talvez faça isso.

Ontem fui ainda ver um quarto para a zona de Furio Camillo. Vi o anúncio no site do portaportese e enviei um mail. Resposta rápida e enviaram um número de telefone para marcar uma visita. Assim foi. Às 18.30 estava à porta (tive tempo para dar uma volta no quarteirão). Fui recebido por uma alemã de nome Dorothee e depois por uma italiana chamada Daniela. Mostraram-me o quarto. Talvez 10 m2. Tem uma pequena cama, um armário e vai ter uma secretária. Bom, bom foi ter casa de banho privada (infelizmente evitam-se encontros imediatos). Fiz algumas perguntas e despedi-me com a promessa de uma resposta rápida. Como é obvio, esqueci-me de um pequeno pormenor: existe uma sala comum com tv? Parece pouco importante, mas não. Qualquer um gosta de passar alguns minutos com o cérebro em relanti e vim para cá com a ilusão que todas as apresentadoras da RAI são de deixar água na boca. Um pormenor interessante que pode ter sido menosprezado atrás: a casa é habitada por duas italianas, 2 alemãs e um italiano (irmão de uma das italianas e que está de saída). Vale a pensa colocar uma questão: e que tal? Numa 1ª avaliação, nada de especial (mas só vi duas). Já enviei um mail para negociar o preço. Os meus colegas dizem que não é mau, para a zona e para as condições. Estou à espera de uma resposta.

De regresso à pousada, um inglês ou americano diz que vai jogar-se hoje o AS Roma – AC Milan para a Taça de Itália. Eu e um colombiano decidimos ir. Uma bilheteira perto da pousada está encerrada. Decidimos ir ao estádio, na esperança de encontrar uma bilheteira. Apanhámos o autocarro 910 junto à Termini. Demorou cerca de 40 minutos e a hora do jogo a aproximar-se. A caminho do estádio resolvi perguntar a um rapaz onde ficam as bilheteiras (em inglês). Disse-me que não há bilheteiras junto ao estádio, mas que deverá haver alguns candongueiros a vender bilhetes. Perguntei-lhe de onde é, diz-me que é português. : ) Que coincidência. Mudamos logo o chip da língua. Comprámos 2 bilhetes para a bancada atrás da baliza. 20 euros cada um. Combinei com o portuga (Rui) para nos encontrarmos no final do jogo, já que íamos para sectores diferentes.

Depois de ver o jogo, necessito de formular uma teoria: aquando da criação do Homem por Deus, Alá, o que seja, deve ter sido definido um tipo de ser humano – o membro de claque de futebol. Em Portugal e aqui, têm as mesma características: amantes de petardos, de broquinhas, de papel queimado, de fumo e de confusão. Não esperem um jogo sossegado nem tranquilo. Com o primeiro golo da Roma fui empurrado para a fila de baixo. Nos outros dois, mal era golo já eu saltava para a fila da frente à espera de ser empurrado. Depois alguns elementos mais “primitivos”, iniciam o ritual de moche atirando-se uns contra os outros.

No final do jogo, lá encontrei o portuga e fomos os 3 para a Termini. Ainda fomos comer uma fatia de pizza. Fiquei a saber mais algumas coisas sobre Roma e combinei com ele irmos a um concerto de música de câmara na Igreja de Santo António dos Portugueses.

A meio da madrugada, dou conta do inglês/americano, que falei há pouco, entrar no quarto acompanhado de uma donzela já embriagada. Diz ela “não, está gente, podem acordar” e o inglês diz “não há problema”. Eu, para não arranjar chatice, deixei-os continuar. Resultado? Tive a oportunidade de assistir ao vivo o ritual de acasalamento ou em termos mais modernos de life sex. Foi tipo National Geographic.

Não vou contar mais pormenores, mas posso dizer que eu e o colombiano nos levantamos para ir a casa-de-banho, e isso resultou apenas numa paragem de breves segundos no dito ritual.
publicado por luiginero às 11:43
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Comecei o estágio!

Este post diz respeito ao dia 29 de Janeiro.

Comecei o estágio. Fui para lá por volta das 9.30. O metro, já me tinham dito, é uma autêntica confusão. O brasuca diz que é de 3º mundo e é um pouco verdade. As instalações são velhas e sujas e alguns comboios são do tempo da guerra coloridos com a arte moderna do graffiti. Se tiverem sorte, conseguem apanhar um modelo mais moderno (de 2004), mas o problema é que vêm apinhados. Tive que esperar pelo 3° para conseguir entrar à vontade. Os dois primeiros iam cheios, mas parece que cabia sempre mais alguém.

Fui de fatinho e gravata já preparados no porta-fatos. Chego e pergunto pelo responsável de estágio, sr. Gilberto Paloni. Aparece um italiano super-simpático, mas que não fala muito inglês. Logo a seguir, entra nos escritórios o administrador português, Sr. Américo de Sousa. Fiquei aliviado. Muito simpático, levou-me para o gabinete dele e estivémos a falar um pouco. Disse-me para o tratar por tu e que me devia preocupar primeiro com o quarto e depois com estágio. Foi depois comigo comprar um “sim-card” mas por azar uma loja não tinha sistema e a outra estava fechada (algumas lojas estão abertas ao sábado de manhã e encerram às 2as de manhã). Ele seguiu para tratar assuntos no banco e eu para um pouco de turismo. Andei perdido entre a Via del Corso, Fontani di Trevi, Piazza Navona e Campo di Fiori. No meio disto, andei à procura de sitio para comer um pequeno lanche matinal. Onde fui parar sem querer? Num café na Via dei Portoghesi. Estava eu bebendo um caffelatte e comendo um brioche (um croissant, que fique bem claro) e reparei numa pintura que dizia “portoghese” ou qualquer coisa assim. Ou seja, vim parar por acaso da Fortuna, à Via dei Portoghesi e ao café Portughese. Satisfeito com o pequeno lanche, encontrei a Igreja de Santo António dos Portugueses e entrei (aqueles que cá vierem vão descobrir que Roma nos torna mais católicos praticantes pois vamos entrando em todas as igrejas, nem que seja só para descansar um pouco). Um aspecto positivo: têm já programados diversos concertos para Fevereiro (muito porreiro). Verifiquei também que tem um missa dominical às 17. Sou capaz de dar um pulo só para ouvir a bela Língua de Camões.

Decidi almoçar em condições. Entrei num pequeno restaurante. Pedi frango assado (uma perna), água, um fatia de bolo de chocolate (que saudades de um belo bolo de chocolate) e um café. Imaginam a conta? 18 euros e 70 cêntimos de gorjeta. Saiu caro.

Fui à loja da Vodafone. Uma fila de 10 pessoas já estava formada antes da hora de abertura. Esperei pela minha vez. Uma italiana atendeu-me. A 1ª coisa que perguntei foi “speak english?”, a que ela respondeu com um “assim assim”. Disse-lhe num inglês meio italiano “sim-card ricaricabili”. Entendeu. Fomos para uma pequena secretária, pediu-me um documento de identificação e começou a inserir uns dados. Quando chegou à fase do tarifário (por ignorância minha ou falta de preparação – já tinha ido ao site da Vodafone Itália mas capiche pouco), impingiu-me um tarifário que segundo percebi paga-se para receber chamadas. Perguntei “não há mais?”. Perguntei a uns e dizem-me que não se paga, outros dizem que sim, sei lá. Tenho que trocar esta treta.

Voltei ao escritório e estive a ver anuncios na net. Regressei à pousada. O rapaz de Hong-Kong ofereceu-me um jantar num restaurante chinês (comi Dim Sum, para quem não sabe, é a comida típica do Sul da China).

E assim se passou.
publicado por luiginero às 11:14
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