O que posso dizer das praias da Apúlia? Lindas. Daquele azul difícil de descrever.
Passámos os restantes dias com uma espécie de “fome” de Apúlia. Não bastava parar numa praia. Tínhamos que ver as seguintes. Então andávamos numa espécie de roda viva. Chegávamos a uma e o ritual era sempre o mesmo: estacionar o carro, pegar nas trouxas, chegar ao areal ou calhau, estender a toalha, entrar na água (eu era sempre o último), dar umas boas braçadas, sair, secar (muitas vezes mal, de tal forma, que colocávamos a toalha no assento do carro) e ir à procura da próxima.
Eu gostei das praias da parte iónica. Lindas. Numa delas, uma espécie de pequena baía sem areal, fui tomar banho. Eles não arriscaram. Para descer para a água não foi fácil. Mas pela água, pela cor, valeu a pena.
Ficamos “sediados”duas noites num albergo numa terriola chamada Taviano e partimos sempre daqui para conhecer o resto da Apúlia. O Paulo consegui através de um posto de turismo descobrir este pequeno achado. Para um albergo de 1 estrela nada mau. Limpinho. De manhã ao pequeno-almoço comíamos o mais belo corneto alla crema que já comi. Bastava pegar nele e notar o peso.
Depois lá íamos nós à descoberta das praias. Fruta e água o nosso alimento durante o dia. À noite, lá aproveitamos para comer melhor. Aproveitei para matar saudades de peixe. Na 6ª jantamos em Taviano num belo restaurante com um terraço. Uma bela grelhada mista e umas entradas divinas.
Fomos também visitando algumas cidades: Gallipoli, Otranto, Maglie, Ostuni, Alberobello e Altamura.
De destacar Ostuni que é a cidade branca, Alberobello pelos famosos trulli que são casas com telhados cónicos feitos de pedra e Altamura porque às 8 da noite tinha a parte central cheia de pessoas.
Domingo regressamos a Roma já madrugada. Ao chegar um pequeno pesadelo. Deixei uns calções e uma t-shirt no albergo. E para cúmulo, as chaves de casa ficaram também. Ainda subi e toquei à porta, mas eram cerca das 3 da matina. Fui então com eles para Furio Camilo, dormi no chão, levantei-me para ir para o estágio e ao final do dia lá consegui encontrar o Michele, fiz uma cópia das chaves e regressei à Via Milazzo satisfeito.
O dono do albergo telefonou nesse mesmo dia. Bastou enviar um mail com o endereço e no final da semana recebia os meus perdidos-achados.